segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Puritanismo


A história trata do que acontece, do que aconteceu e do que acontecerá. Implica lidar com um mundo em que as coisas raramente ocorrem como se acredita que deveriam.Nisso os puritanos passam sua esperança. Implica lidar com políticos corruptos, defeitos congênitos, enchentes e vulcões, divórcios e morte, escassez e fome, com a arrogância dos ricos e a privação dos pobres, como sempre foram incasáveis na defesa da soberania de Deus e da voluntariedade ao próximo.
Algo está terrivelmente errado ensinavam eles. O ser humano sente isso no mais profundo de nosso ser. O acontecimento mais conspícuo da história que suscita essa sensação espontânea de profanação, de sacrilégio ultrajante, é o sofrimento e a morte de Jesus, um sofrimento e uma morte com os quais, mais cedo ou mais tarde, todos estarão envolvidos quer gostem ou não.
Os puritanos souberam enfrentar as maiores privações e perseguições, simplesmente porque sabiam que o futuro celestial lhes aguardara, que estariam diante daquele que morreu por eles, por isso, a semelhança de Paulo de Tarso, entendiam que a graça lhes bastava. O sentimento do Juízo, segundo os puritanos deveria aterrorizar o coração e colocar o homem em prantos com seu fardo de pecados às costas, exatamente como o peregrino de Bunyan no início de sua jornada.
Charles Spurgeon disse:
“Todo homem deveria deixar um marco na memória de seus vizinhos. Deve haver algo muito errado com o homem de quem ninguém sente falta quando morre. Uma personalidade digna é a melhor lápide. Os que o amaram e foram ajudados por você ainda lembrar-se-ão de você quando as lápides se apagarem. Esculpa seu nome no coração das pessoas, não no mármore. Portanto, viva para os outros, e eles manterão sua lembrança viva quando o mato crescer em seu túmulo. Esperemos que haja algo melhor a ser dito de nós do que este epitáfio:
Aqui jaz um homem que não fez nada de bom,
E não faria se continuasse vivo;
Para onde ele foi e como vive
Ninguém sabe nem se importa em saber”
O cristianismo dos tempos modernos, em sua Hermenêutica confusa, que nada comunica a ninguém, não é digno nem mesmo de piedade, mas de repulsa, como o homem citado por Spurgeon. Que não fez nada de bom – nada há de mais temerário do que uma religião sem vida, sem palavra, sem Deus. Cheia de si mesma e seus títulos acadêmicos, empolada de ladainhas liberais que nada fizeram de bom, mas colocaram morte na panela.
Que ressurja em meio às lápides carcomidas pelo tempo, o velho temor que tinham os puritanos, tomando o lugar do prestígio que os números evangelásticos gozam nestes dias, em meio ao misticismo do protestantismo atual, que vive seu período medievo, reavive-se o clamor pela santidade, esta tão desejada pelos puritanos. Para vislumbrar um futuro devesse olhar para o passado, porém não com saudosismo descontente e murmurador, mas com fé que o mesmo Deus deles é eterno e não muda, para aprender com eles como viver para Deus, sem os excessos que eles tiveram, e que homens e mulheres ressuscitem a moda de usar lenços, para enxugar rostos molhados de lágrimas.
Ousem os pregadores atuais a empreender suas vidas na boa hermenêutica à semelhança dos velhos e desprezados puritanos. Levantem aqueles que anseiam por uma igreja reformada que sempre esteja se reformando, mas que no afã de agradar a gregos e a troianos não se deforme.
O protestantismo não tem alternativa, se quiser ser uma tocha a iluminar o mundo se não olhar ao Deus dos antigos, cuja forte mão, rege e sustém os astros na amplidão![...]Deus esse que desde o passado foi nossa luz, sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso esteio, guia e proteção, tua palavra, lei e direção . Os injuriados e difamados puritanos foram pequenos na terra, porém são grandes nos céus e para a igreja, gigantes na fé. Que seu exemplo seja seguido.

Soli Deo Gloria

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

a hermenêutica e os puritanos


A história trata do que acontece, do que aconteceu e do que acontecerá. Implica lidar com um mundo em que as coisas raramente ocorrem como se acredita que deveriam.Nisso os puritanos passam sua esperança. Implica lidar com políticos corruptos, defeitos congênitos, enchentes e vulcões, divórcios e morte, escassez e fome, com a arrogância dos ricos e a privação dos pobres, como sempre foram incasáveis na defesa da soberania de Deus e da voluntariedade ao próximo.
Algo está terrivelmente errado ensinavam eles. O ser humano sente isso no mais profundo de nosso ser. O acontecimento mais conspícuo da história que suscita essa sensação espontânea de profanação, de sacrilégio ultrajante, é o sofrimento e a morte de Jesus, um sofrimento e uma morte com os quais, mais cedo ou mais tarde, todos estarão envolvidos quer gostem ou não.
Os puritanos souberam enfrentar as maiores privações e perseguições, simplesmente porque sabiam que o futuro celestial lhes aguardara, que estariam diante daquele que morreu por eles, por isso, a semelhança de Paulo de Tarso, entendiam que a graça lhes bastava. O sentimento do Juízo, segundo os puritanos deveria aterrorizar o coração e colocar o homem em prantos com seu fardo de pecados às costas, exatamente como o peregrino de Bunyan no início de sua jornada.
Charles Spurgeon disse:
“Todo homem deveria deixar um marco na memória de seus vizinhos. Deve haver algo muito errado com o homem de quem ninguém sente falta quando morre. Uma personalidade digna é a melhor lápide. Os que o amaram e foram ajudados por você ainda lembrar-se-ão de você quando as lápides se apagarem. Esculpa seu nome no coração das pessoas, não no mármore. Portanto, viva para os outros, e eles manterão sua lembrança viva quando o mato crescer em seu túmulo. Esperemos que haja algo melhor a ser dito de nós do que este epitáfio:
Aqui jaz um homem que não fez nada de bom,
E não faria se continuasse vivo;
Para onde ele foi e como vive
Ninguém sabe nem se importa em saber”
O cristianismo dos tempos modernos, em sua Hermenêutica confusa, que nada comunica a ninguém, não é digno nem mesmo de piedade, mas de repulsa, como o homem citado por Spurgeon. Que não fez nada de bom – nada há de mais temerário do que uma religião sem vida, sem palavra, sem Deus. Cheia de si mesma e seus títulos acadêmicos, empolada de ladainhas liberais que nada fizeram de bom, mas colocaram morte na panela.
Que ressurja em meio às lápides carcomidas pelo tempo, o velho temor que tinham os puritanos, tomando o lugar do prestígio que os números evangelásticos gozam nestes dias, em meio ao misticismo do protestantismo atual, que vive seu período medievo, reavive-se o clamor pela santidade, esta tão desejada pelos puritanos. Para vislumbrar um futuro devesse olhar para o passado, porém não com saudosismo descontente e murmurador, mas com fé que o mesmo Deus deles é eterno e não muda, para aprender com eles como viver para Deus, sem os excessos que eles tiveram, e que homens e mulheres ressuscitem a moda de usar lenços, para enxugar rostos molhados de lágrimas.
Ousem os pregadores atuais a empreender suas vidas na boa hermenêutica à semelhança dos velhos e desprezados puritanos. Levantem aqueles que anseiam por uma igreja reformada que sempre esteja se reformando, mas que no afã de agradar a gregos e a troianos não se deforme.
O protestantismo não tem alternativa, se quiser ser uma tocha a iluminar o mundo se não olhar ao Deus dos antigos, cuja forte mão, rege e sustém os astros na amplidão![...]Deus esse que desde o passado foi nossa luz, sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso esteio, guia e proteção, tua palavra, lei e direção . Os injuriados e difamados puritanos foram pequenos na terra, porém são grandes nos céus e para a igreja, gigantes na fé. Que seu exemplo seja seguido.

Soli Deo Gloria