quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Heresia da Predestinação

Calvinista extremado é alguém que é mais calvinista do que João Calvino (1509 -1564), de cujos ensinos vem o termo. Visto ser possível argumentar que João Calvino não cria na expiação limitada (que cristo morreu somente pelos eleitos), segue-se que os que o fazem são calvinistas extremados [...] Os calvinistas extremados são identificados com os seguintes ensinos: Depravação total; Eleição incondicional; expiação Limitada; Graça Irresistível e Perseverança dos Santos.(1)
Normam Geisler

Deus nos escolhe para o serviço na base do caráter e não em bases pessoais. Nós nos elegemos, quando pelo poder de Cristo atingimos o padrão que ele estabeleceu.
www.adventistas.com/biz/povo.../predestinacao.htm
"Que o homem é livre para escolher ou rejeitar o oferecimento da salvação por meio de Cristo; não cremos que Deus tenha predestinado que alguns homens sejam salvos e outros perdidos" – Questions on Doctrine, pág. 23.
Adventistas do Sétimo dia
Se Beza - outro herege - ou se os puritanos tiraram as conseqüências lógicas dessa doutrina de Calvino, não há como inocentar o tirano de Genebra. Ele plantou a árvore má. Ela só podia dar os frutos que deu [...]Repito, se os desdobramentos do calvinismo foram errados, é porque a semente do erro já estava em sua heresia inicial. Na verdade, estavam já nos princípios da própria Reforma de Lutero.(2)
Orlando Fedeli.
Montfort associação cultural (Católica)

Poderia ser acrescentado um número muito elevado de citações contrárias a Doutrina da Predestinação, tanto do lado evangélico como de outras posições, a ponto desta doutrina da reforma ser considerada como uma verdadeira heresia.
Outro dia, uma pessoa me falou que um pastor Batista, havia-lhe dito que a doutrina da predestinação não é certa, o que o mesmo foi para a internet conferir, e ali achou inúmeros posts afirmando ser a predestinação uma heresia.
Os absurdos oriundos de um preparo desqualificado ficam evidentes em inúmeras citações, já em outras, nas quais as pessoas são bem instruídas, como o caso de Norman Geisler e os outros citados acima. Trata-se tão somente de uma cegueira espiritual e rebeldia declarada contra a Escritura, até é plausível aceitar ataques de um romanista contra a doutrina da predestinação, pois para eles, a Bíblia é mais um contra peso, que deve ser analisado a luz da igreja, no entanto, aqueles que dizem crer somente na Bíblia como padrão de fé e mesmo assim aceitar uma doutrina herética como a pelagiana, levada a cabo pelo americano Chales Finey é uma verdadeira boçalidade, ou ainda pelos semi – pelagianos que crêem no livre arbítrio, diga-se de passagem, é um monstro igual ao lobisomem, famoso no entanto ninguém nunca o viu de perto. Claro, excetuando o pantaleão e suas estórias mirabolantes não é verdade terta?
O pantaleão se assemelha muito ao semi-pelagianisno, com um olho só, mentiroso e ainda por cima quer passar por herói, enquanto Terta se representa pelo pelagianismo de onde surgiu o tal livre arbítrio, como um filho da perdição.
A rebelião humana é indescritível, a ponto de negar os ensinos que são claramente encontrados na Escritura, outros ainda preferem a “teologia do em cima do muro”, o que certamente consiste num erro crasso.
Os adventistas bebem da mesma fonte dos místicos neo-pentecostais ao atribuir outras coisas reveladas depois da Bíblia como sendo autoritativas, enquanto as Testemunhas de Jeová precisaram preparar um bíblia própria, viciada defeituosa e violentada pelo “alto clero” do corpo governante – que de tanto prever datas, mostrou-se um falso profeta.
Antes que se levantasse, Jacó Armínio, já havia ensinado o hereje Pelágio e o humanista Erasmo de Roterdã, que, aliás, admira-me muito que os defensores do livre arbítrio não usem seu tratado para defender sua abominação chamada livre-arbítrio, esta crença do l ivre arbítrio é um ranço de demonismo oriundo da serpente do Éden, que disse que adão e Eva se tornariam deuses, pois é isso mesmo que a doutrina humanista do livre arbítrio advoga que o homem é deus, pois pode decidir o seu destino e o Criador deve pacientemente esperar por ele, resignado a aceitar a vontade do homem-deus-caido.
Lutero entendeu que a doutrina do Livre arbítrio é totalmente oposta ao sola gratia, pois para que graça se através da vontade eu posso aceitar a obra de Cristo e seu benefício em meu favor? Graça é favor não merecido, mas se eu posso através do meu livre arbítrio alcançar a salvação já não há necessidade de um favor, pois pelo meu esforço consegui chegar ao céu – desta maneira Paulo mentiu dizendo que a salvação é pela graça e não por meio de obras (Ef 2.8,9) e se eu exerço o livre arbítrio para crer, isso já é obra, e o apóstolo é taxativo e enfático ao dizer que não pelas obras.
Assim podes ver que todas as palavras da lei estão contra o livre arbítrio, mas que também todas as palavras da promessa refutam completamente, isto é, que toda a Escritura está em desacordo com ele. Por isso vês que com essa palavra: “não quero a morte do pecador” não se visa outra coisa do que pregar e oferecer a misericórdia divina ao mundo. Essa misericórdia só é aceita com gratidão e alegria pelos aflitos e vexados pela morte, porque neles a lei já conclui seu ofício, isto é, conhecimento de pecado, aqueles porém, que ainda não experimentaram o ofício da lei, nem reconhecem o pecado, nem sentem a morte, desprezam a misericórdia prometida por essa palavra. De resto, por que alguns são tocados pela lei e outros não de modo que aqueles acolhem e estes desprezam a graça oferecida, é outra coisa, da qual Ezequiel não trata nesta passagem, em que fala da misericórdia de Deus pregada e oferecida, não daquela vontade oculta de Deus que, de acordo com seu conselho, ordena que pessoas ele ordena que sejam capazes e participes da misericórdia pregada e oferecida. Essa vontade não se deve ser investigada, mas adorada com reverência como segredo da majestade divina que mais se deve reverenciar, reservado unicamente a ele e proibido a nós [...]
Certa vez quando estava cursando o primeiro semestre de direito no RGS, na cidade de Erechim, o professor estava a falar da capacidade de cumprir a lei, e em três aulas seguidas falou do conceito do livre arbítrio. Que o ser humano cumpre ou não a lei simplesmente usando o seu livre arbítrio, no entanto, quando ele disse que levantamos predispostos e coagidos a cumprir a lei, entrou no pior pecado do direito, a contradição, indaguei a ele, como pode alguém ter o livre arbítrio para decidir e ao mesmo tempo ser coagido? Visto que para eu tomar uma decisão “de” livre arbítrio, não posso ser coagido, nem inclinado e muito menos estar pré-disposto, ou seja, nada deve me influenciar a decisão. Como reza o Aurélio quando define o termo livre arbítrio nestes termos:
Possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência mesma desse poder; liberdade de indiferença. [Refere-se o livre-arbítrio principalmente às ações e à vontade humana, e pretende significar que o homem é dotado do poder de, em determinadas circunstâncias, agir sem motivos ou finalidades diferentes da própria ação. ] (5).
E assim está colocado também na clássica obra de Erasmo, ainda com o acréscimo que: por livre arbítrio entendemos aqui a força da vontade humana pela qual o ser humano pode aplicar-se as coisas que levam a salvação ou afastar-se delas (6). No entanto o próprio Erasmo entende que o ser humano não pode querer o bem sem uma graça peculiar (7).
Nisto erraram Erasmo, Armínio e o meu caro professor de direito, ao atribuir uma liberdade que o homem não tem. E quando questionados se vão ao canto, gaguejando sem saber o que responder, dizendo que o assunto é de pouca importância e que precisariam de mais tempo.
Fico a gargalhar quando ouço certas imbecilidades sobre a questão, principalmente dos ignorantes pseudo-inteligentes, que a semelhança de Erasmo, não entende o que afirmam (8). Certo falador disse que sabia sair dessa questão, afirmando que diante da banca de sua infeliz ordenação foi questionado pelos examinadores sobre sua posição em relação ao livre arbítrio e a predestinação, disse ele que era da denominação tal e que isso não importava. mas importa sim. Tal indivíduo odeia a predestinação e por política correta se escusou da questão.
Vamos considerar alguns textos bíblicos para saber o que a Bíblia diz sobre a questão. Estou ciente d que alguns não se dobraram nem mesmo pelo texto bíblico e tentaram torcer e esbravejar contra o próprio Deus em sinal aberto de desconformidade rangendo os dentes de ódio como as desgraçadas almas no inferno.








Hglhglhgb

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1. GEISLER, Norman. Eleitos, mas livres, vida 2005, p.63.
2. www.adventistas.com/biz/povo.../predestinacao.htm
3. www.montfort.org.br/index.php?secao=cartas...
4. LUTERO, Martinho. Obras selecionadas vol.4. Ed. Sinodal, p100.
5. Dicionário Eletrônico Aurélio século XXI – verbete “livre arbítrio”
6. Lutero (op Cit)
7. Ibidem.
8. Ibidem.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Puritanismo


A história trata do que acontece, do que aconteceu e do que acontecerá. Implica lidar com um mundo em que as coisas raramente ocorrem como se acredita que deveriam.Nisso os puritanos passam sua esperança. Implica lidar com políticos corruptos, defeitos congênitos, enchentes e vulcões, divórcios e morte, escassez e fome, com a arrogância dos ricos e a privação dos pobres, como sempre foram incasáveis na defesa da soberania de Deus e da voluntariedade ao próximo.
Algo está terrivelmente errado ensinavam eles. O ser humano sente isso no mais profundo de nosso ser. O acontecimento mais conspícuo da história que suscita essa sensação espontânea de profanação, de sacrilégio ultrajante, é o sofrimento e a morte de Jesus, um sofrimento e uma morte com os quais, mais cedo ou mais tarde, todos estarão envolvidos quer gostem ou não.
Os puritanos souberam enfrentar as maiores privações e perseguições, simplesmente porque sabiam que o futuro celestial lhes aguardara, que estariam diante daquele que morreu por eles, por isso, a semelhança de Paulo de Tarso, entendiam que a graça lhes bastava. O sentimento do Juízo, segundo os puritanos deveria aterrorizar o coração e colocar o homem em prantos com seu fardo de pecados às costas, exatamente como o peregrino de Bunyan no início de sua jornada.
Charles Spurgeon disse:
“Todo homem deveria deixar um marco na memória de seus vizinhos. Deve haver algo muito errado com o homem de quem ninguém sente falta quando morre. Uma personalidade digna é a melhor lápide. Os que o amaram e foram ajudados por você ainda lembrar-se-ão de você quando as lápides se apagarem. Esculpa seu nome no coração das pessoas, não no mármore. Portanto, viva para os outros, e eles manterão sua lembrança viva quando o mato crescer em seu túmulo. Esperemos que haja algo melhor a ser dito de nós do que este epitáfio:
Aqui jaz um homem que não fez nada de bom,
E não faria se continuasse vivo;
Para onde ele foi e como vive
Ninguém sabe nem se importa em saber”
O cristianismo dos tempos modernos, em sua Hermenêutica confusa, que nada comunica a ninguém, não é digno nem mesmo de piedade, mas de repulsa, como o homem citado por Spurgeon. Que não fez nada de bom – nada há de mais temerário do que uma religião sem vida, sem palavra, sem Deus. Cheia de si mesma e seus títulos acadêmicos, empolada de ladainhas liberais que nada fizeram de bom, mas colocaram morte na panela.
Que ressurja em meio às lápides carcomidas pelo tempo, o velho temor que tinham os puritanos, tomando o lugar do prestígio que os números evangelásticos gozam nestes dias, em meio ao misticismo do protestantismo atual, que vive seu período medievo, reavive-se o clamor pela santidade, esta tão desejada pelos puritanos. Para vislumbrar um futuro devesse olhar para o passado, porém não com saudosismo descontente e murmurador, mas com fé que o mesmo Deus deles é eterno e não muda, para aprender com eles como viver para Deus, sem os excessos que eles tiveram, e que homens e mulheres ressuscitem a moda de usar lenços, para enxugar rostos molhados de lágrimas.
Ousem os pregadores atuais a empreender suas vidas na boa hermenêutica à semelhança dos velhos e desprezados puritanos. Levantem aqueles que anseiam por uma igreja reformada que sempre esteja se reformando, mas que no afã de agradar a gregos e a troianos não se deforme.
O protestantismo não tem alternativa, se quiser ser uma tocha a iluminar o mundo se não olhar ao Deus dos antigos, cuja forte mão, rege e sustém os astros na amplidão![...]Deus esse que desde o passado foi nossa luz, sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso esteio, guia e proteção, tua palavra, lei e direção . Os injuriados e difamados puritanos foram pequenos na terra, porém são grandes nos céus e para a igreja, gigantes na fé. Que seu exemplo seja seguido.

Soli Deo Gloria

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

a hermenêutica e os puritanos


A história trata do que acontece, do que aconteceu e do que acontecerá. Implica lidar com um mundo em que as coisas raramente ocorrem como se acredita que deveriam.Nisso os puritanos passam sua esperança. Implica lidar com políticos corruptos, defeitos congênitos, enchentes e vulcões, divórcios e morte, escassez e fome, com a arrogância dos ricos e a privação dos pobres, como sempre foram incasáveis na defesa da soberania de Deus e da voluntariedade ao próximo.
Algo está terrivelmente errado ensinavam eles. O ser humano sente isso no mais profundo de nosso ser. O acontecimento mais conspícuo da história que suscita essa sensação espontânea de profanação, de sacrilégio ultrajante, é o sofrimento e a morte de Jesus, um sofrimento e uma morte com os quais, mais cedo ou mais tarde, todos estarão envolvidos quer gostem ou não.
Os puritanos souberam enfrentar as maiores privações e perseguições, simplesmente porque sabiam que o futuro celestial lhes aguardara, que estariam diante daquele que morreu por eles, por isso, a semelhança de Paulo de Tarso, entendiam que a graça lhes bastava. O sentimento do Juízo, segundo os puritanos deveria aterrorizar o coração e colocar o homem em prantos com seu fardo de pecados às costas, exatamente como o peregrino de Bunyan no início de sua jornada.
Charles Spurgeon disse:
“Todo homem deveria deixar um marco na memória de seus vizinhos. Deve haver algo muito errado com o homem de quem ninguém sente falta quando morre. Uma personalidade digna é a melhor lápide. Os que o amaram e foram ajudados por você ainda lembrar-se-ão de você quando as lápides se apagarem. Esculpa seu nome no coração das pessoas, não no mármore. Portanto, viva para os outros, e eles manterão sua lembrança viva quando o mato crescer em seu túmulo. Esperemos que haja algo melhor a ser dito de nós do que este epitáfio:
Aqui jaz um homem que não fez nada de bom,
E não faria se continuasse vivo;
Para onde ele foi e como vive
Ninguém sabe nem se importa em saber”
O cristianismo dos tempos modernos, em sua Hermenêutica confusa, que nada comunica a ninguém, não é digno nem mesmo de piedade, mas de repulsa, como o homem citado por Spurgeon. Que não fez nada de bom – nada há de mais temerário do que uma religião sem vida, sem palavra, sem Deus. Cheia de si mesma e seus títulos acadêmicos, empolada de ladainhas liberais que nada fizeram de bom, mas colocaram morte na panela.
Que ressurja em meio às lápides carcomidas pelo tempo, o velho temor que tinham os puritanos, tomando o lugar do prestígio que os números evangelásticos gozam nestes dias, em meio ao misticismo do protestantismo atual, que vive seu período medievo, reavive-se o clamor pela santidade, esta tão desejada pelos puritanos. Para vislumbrar um futuro devesse olhar para o passado, porém não com saudosismo descontente e murmurador, mas com fé que o mesmo Deus deles é eterno e não muda, para aprender com eles como viver para Deus, sem os excessos que eles tiveram, e que homens e mulheres ressuscitem a moda de usar lenços, para enxugar rostos molhados de lágrimas.
Ousem os pregadores atuais a empreender suas vidas na boa hermenêutica à semelhança dos velhos e desprezados puritanos. Levantem aqueles que anseiam por uma igreja reformada que sempre esteja se reformando, mas que no afã de agradar a gregos e a troianos não se deforme.
O protestantismo não tem alternativa, se quiser ser uma tocha a iluminar o mundo se não olhar ao Deus dos antigos, cuja forte mão, rege e sustém os astros na amplidão![...]Deus esse que desde o passado foi nossa luz, sol que até hoje com fulgor reluz! Sê nosso esteio, guia e proteção, tua palavra, lei e direção . Os injuriados e difamados puritanos foram pequenos na terra, porém são grandes nos céus e para a igreja, gigantes na fé. Que seu exemplo seja seguido.

Soli Deo Gloria